Há festa..

"Há festa, há festa, na minha aldeia, e um foguete rebentou no ar.."

Agora já não há foguetes a abrilhantar as festas nas aldeias, no entanto mantem-se alguma tradição que vai passando de pais para filhos.
Agosto, é um mês repleto de acontecimentos para as gentes das pequenas terras que viram partir os familiares em busca de melhores condições de vida em outras zonas geográficas.
Agosto cheira a regresso à terra que os viu partir, férias, farra..Sardinha assada, Cerveja e broa de milho, juntando ainda os almoços de horas com prolongamento a passar o jantar..
Entra a noite e os famosos bailaricos... Os mordomos montam a arena, colocam um toque no fundo da rua, vedam a arena, e os actores da noite pagam bilhete para participar numa dança a dois " o tirar água do poço", depois há os figurantes que se agrupam inconscientemente por idades, por vivências, ou por se identificarem pela pequena aldeia ondem residem.. Pronto, estes figurinos formam um círculo em torno da arena focam um ângulo de observação e com o passar das horas fazem o exercício de levantamento de copos atestados de cerveja... Noite, calor, cerveja, actores, figurinos e os servidores, os servidores são as tropas de acompanhamento que garantem o fornecimento dos copos atestados no auge do arraial, são também responsaveis pela segurança e toda a burocracia necessária à organização deste tipo de inventos que trazem alegria às gentes das pequenas aldeias..