De coisas simples...

O espelho! O espelho, é um objecto!

É social.
Um objecto social, que trata da imagem exterior.
Simples, é extremamente simples...parece quase o simplex!
Não, não estou utilizar expressões irónicas, para quê!? Nem sei o que isso é... O espelho é o corrector da imagem exterior que desenhamos e desejamos para nós próprios. Hoje fez-me olhar para ele tempo demais para perceber que está sempre na mesma, à excepção dos dias em que é invadido por gotículas de água tão leves que se apaixonam, que se agarram todas juntas até fazer parecer lágrimas de espelho... Com lágrimas secas fico eu, por o objecto social me fazer vêr, a mim próprio todos os dias, as rugas pequeninas em torno dos olhos num olhar direcionado, concreto e detalhado...
E depois, nós nunca nos vemos a nós próprios sem este objecto social, já pensaram no inventor que esqueceu de registar a patente!? Socializou, e muito!
É ele que nos faz pensar na nossa imagem, podemos ouvir várias opiniões, mas depois de nos olharmos a nós próprios é que nos sentimos!
Não somos todos Narcisistas em extremos, há quem o seja, no entanto a maioria não se enquadra nesse padrão, na realidade temos um bocadinho do Narciso dentro de nós, apenas o suficiente para socializarmos todos os dias com o objecto social. Tanta letra junta a formar palavras quase parece uma tese, mas são apenas uns parágrafos descartados durante uns minutos...
Da janela vê-se um lugar bem melhor, à noite vê-se as estrelas, no dia vê-se o sol, as nuvens ou a chuva, os movimentos por perto, espreita-se quem passa na rua, sente-se o vento, o cheiro, o calor do sol quando é forte nas estações confundidas pela confusão...A expressão "confundidas pela confusão", dá-va uma estrelinha com a professora do nono ano, na composição do rapazinho do fundo da sala que é fraco a português e vai seguir as matemáticas...