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Um dia de Inverno lá fora,
Aprecio a rua através da parede de vidro,
As árvores centenárias e gigantescas deixam cair as últimas lágrimas,
Sento-me ao balcão mais baixo que a cintura,
Rodo a cadeira redonda quase a ficar tonto,
Peço um café, quente para aquecer a alma,
Aprecio o café saboroso, cremoso, que agora aquece as mãos,
Lugar que permite ver debaixo para cima, o vidro tapa o vento e deixa ver milhares de pessoas, de diferentes origens, que passam nos tempos mortos a olharem para tudo, que para os que apreciam café quente de Inverno não conseguem ver tudo por estar sempre tudo no mesmo sítio.

Um pequeno mudar de lentes, melhora a visão.

Hora de Almoço, noticia na micro Tv que está ao fundo da sala de almoços, restaurante junto à N17, um sindicalista de renome, acho até que recentemente apresentou uma tese de Doutoramento em Sociologia, aponta para 80% de adesão à greve.
Hora de Jantar, em casa no conforto do lar, micro Tv também, politico afirma em directo que a adesão à greve não ultrapassou 20%.
Em princípio estes dois senhores, mas só mesmo por princípio, são inteligentes, ou não serão!? Então porque são tão hipócritas, quando falam para os portugueses..é simples, a nossa sociedade é ignorante, não tem pensamento próprio, não tem espírito crítico, e admitem 2 afirmações completamente diferentes relacionadas com o mesmo assunto, isto passa-se em toda a politica, um diz sim outro diz não só porque sim...O povo é ignorante!

Criativos..

"Eles são diferentes de mim e de si, e é comum pensar que se tratam de pessoas profundas, misteriosas e frágeis. Trate-os como abelhas operárias e eles picarão. Trate-os como abelhas rainhas e sua sabedoria fluirá. Estaríamos tentados a ver esta noção ridícula, excepto se parte dela for verdade. As pessoas mais criativas podem ser intelectualmente complexas e emocionalmente delicadas, e muitas vezes, são. Podem ser estranhos e parvos. Alguns são anti-sociais. De qualquer forma, os verdadeiros criativos parecem desligar-se quando são comprimidos em padrões normais de comportamento..."



Esta foi a resposta à pergunta "Qual é a melhor aproximação para liderar criativos?" a JACK WELCH, Texto retirado da Revista EXAME OUTUBRO 2007, pag.154



JACK WELCH é um gestor norte amerciano de renome, autor de best sellers na area de gestão e liderança, percorre o mundo em conferências, relata a sua vida pessoal e como tudo é fácil basta não complicarmos. Dizem que este senhor tem 92 anos...

De coisas simples...

O espelho! O espelho, é um objecto!

É social.
Um objecto social, que trata da imagem exterior.
Simples, é extremamente simples...parece quase o simplex!
Não, não estou utilizar expressões irónicas, para quê!? Nem sei o que isso é... O espelho é o corrector da imagem exterior que desenhamos e desejamos para nós próprios. Hoje fez-me olhar para ele tempo demais para perceber que está sempre na mesma, à excepção dos dias em que é invadido por gotículas de água tão leves que se apaixonam, que se agarram todas juntas até fazer parecer lágrimas de espelho... Com lágrimas secas fico eu, por o objecto social me fazer vêr, a mim próprio todos os dias, as rugas pequeninas em torno dos olhos num olhar direcionado, concreto e detalhado...
E depois, nós nunca nos vemos a nós próprios sem este objecto social, já pensaram no inventor que esqueceu de registar a patente!? Socializou, e muito!
É ele que nos faz pensar na nossa imagem, podemos ouvir várias opiniões, mas depois de nos olharmos a nós próprios é que nos sentimos!
Não somos todos Narcisistas em extremos, há quem o seja, no entanto a maioria não se enquadra nesse padrão, na realidade temos um bocadinho do Narciso dentro de nós, apenas o suficiente para socializarmos todos os dias com o objecto social. Tanta letra junta a formar palavras quase parece uma tese, mas são apenas uns parágrafos descartados durante uns minutos...
Da janela vê-se um lugar bem melhor, à noite vê-se as estrelas, no dia vê-se o sol, as nuvens ou a chuva, os movimentos por perto, espreita-se quem passa na rua, sente-se o vento, o cheiro, o calor do sol quando é forte nas estações confundidas pela confusão...A expressão "confundidas pela confusão", dá-va uma estrelinha com a professora do nono ano, na composição do rapazinho do fundo da sala que é fraco a português e vai seguir as matemáticas...

Cores Vistas da Vinha

Folhas de Videira
A Beleza dos dias de Outono com Sol brilhante torneador dos tons naturais de tudo aquilo que nasce, cresce e morre....

Linguagem dos Deuses

Vesti um casaquito castanho, quase novo.
Depois de passarem umas curtas horas ouvi uma versão remix da música " Eu sei...tudo pode acontecê..." dos papas de língua....
Recebi um telefonema de um amigo a quilómetros de distância, cinco minutos depois, uma amiga do meu amigo, pergunta-me como conheço o amigo dela que tambem é meu amigo, o tal, o mesmo do telefonema....
Deito-me já de manhã e não durmo mais que duas horas, acordo e não há nuvens no céu... o sol brilha como se de verão se tratasse... a porta aberta partilha a luz quente...
Vesti manga curta, o casaco castanho veste bem com a camisa clara, mas hoje apeteceu-me vestir manga curta...
Sentei-me na escada a ouvir o silêncio quando não se ouve ninguem, não é o paraíso, eu sei, não é, nem de perto, mas pode ser se o imaginarmos no lugar que se quer...

Geração de Velocidade

Levantar cedo para ir à escola, miúdos de 6 a 10 anos, 2,5 quilómetros a pé todos os dias...é mais que evidente, que nos dias de Inverno um frio de congelar as poças de água na Estrada, ninguém queria ir à Escola, mas íamos! 

Até era giro, partir gelo com os pés, fazíamos disso diversão que rapidamente se transformava numa forma inconsciente de percorrer aqueles metros todos a rir...

Às 12h30 era hora de saída, mais uns quilómetros a percorrer...mas primeiro havia uma bola para rebentar no campo da casa do povo, até a professora chegar e mandar-nos para casa, depois de descobrirmos as "manhas", fugíamos e escondíamos-nos, e ficávamos a jogar até as 15h ou 16h, até nos dar a fome do almoço...

Trepamos a cerejeira da J.A.E. vezes sem conta, em busca do primeiro fruto do ano, até as formigas "rabigas" nos expulsarem do seu habitat com valentes "ferradelas"...

Desenhávamos casas com pedritas no mimosal e um dia alguém teve a ideia de fazer um cachimbo com as canas da índia, depois de várias tentativas lá saiu um mais janota, era o cachimbo da paz, dos três da vida airada...

Paletina de Algodão Doce

É assim que andam os mercados financeiros, derreteram-se com o sol do Verão e de um momento para o outro tentam solidificar-se, até quando!? Talvez até ao calor emanado pela lareira na noite de Natal! Será?
É dificil fazer previsões! Prever o que vem depois...eis algo fascinante, extremamente fascinante prever! prever o futuro...ou pensar sobre ele, é fascinante se refletirmos sobre o assunto durante alguns minutos por dia! Se fizermos todos os dias este exercício, o amanhã, vai ser concerteza um dia diferente e melhor, e depois e depois, no outro a seguir ao outro até ficar uma réplica de Nostradamus...

Respirar debaixo de água

E eu não sei, que mais posso ser, um dia rei, outro dia sem saber... Para onde vais!? se o fundo da rua é ali mesmo, e ao virar a esquina tudo pode acontecer... É uma incognita que não tem explicação no muito tempo antes, o tempo do desconhecido... Teimam em encontrar sem nunca lá chegar, parece a leitura de um livro sem publicação onde se encontra a razão... Confusos entre linhas, linhas de pensamentos ou idealizações que sufocam os menos adormecidos... Explicações ou definições, quase todas as palavras acabadas em ões...

Vimieiro

Rio Alva Vimieiro
Vimieiro - Na freguesia de São Pedro de Alva corre o Alva em direcção à sua Foz, onde casa com o Mondego, que engoliu o Dão, perde o nome e ganha outra forma até à Figueira da Foz..todos Juntos num Só, Mondego!